Caxias do Sul / RS - quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Luxação do Ombro

 

Luxação Recidivante do Ombro

     A articulação do ombro é mantida por suas estruturas anatômicas (cápsula, ligamentos e músculos do manguito rotador). A luxação ocorre quando há uma perda da relação anatômica entre o úmero e a glenóide (ossos que formam a articulação principal do ombro), ou seja, quando o úmero sai completamente fora da articulação. Geralmente causado por um trauma com o braço acima da cabeça com uma força que o empurra para trás do corpo; neste momento ocorre o rompimento dos ligamentos antero-inferiores do ombro e a cabeça do úmero então se desloca totalmente para a parte anterior do ombro. Isto é uma urgência médica. O paciente deve ser levado ao hospital, medicado com analgésicos e deve ser feito radiografias para observar o tipo de lesão e se há fraturas associadas. Tendo um diagnóstico correto, inicia-se o procedimento de redução da lesão, em outras palavras, coloca-se o úmero de volta à articulação. Após, o braço é mantido em tipoia e após 3 semanas iniciado processo de reabilitação. Porém, se for um paciente jovem e atleta, a chance de que o ombro se desloque novamente é de 80%. Portanto, quanto mais jovem, maior é a indicação de tratamento cirúrgico. Pacientes mais velhos, tem menos necessidade de cirurgia.

     Existem casos de luxação do ombro sem uma história de trauma. Provavelmente em pacientes com uma cápsula com uma tendência de se alongar mais favorecendo a luxação do ombro. Estes casos são melhor tratados com reabilitação física, deixando a cirurgia para as excessões.


 

CIRURGIA PARA LUXAÇÃO RECIDIVANTE DO OMBRO

     É feito uma análise da articulação com artrorressonância magnética e radiografias, podendo necessitar de tomografias computadorizadas para avaliar as perdas ósseas (casos com várias luxações ou fraturas por arrancamento ocorridas no trauma inicial).

     Se não há perda óssea, pode-se re-estabelecer a integridade da articulação por videoartroscopia e com o reparo dos ligamentos lesionados por intermédio de âncoras absorvíveis.

     Se houver perda óssea, poderá ser necessário o uso de enxertos ósseos. Neste caso é necessário uma incisão na pele para a colocação deste enxerto.

     Os casos que apresentam frouxidão ligamentar necessitam de um retensionamento da cápsula articular. Pode ser feito por videoartroscopia, mas às vezes necessitam de reparo aberto com colocação de enxerto ósseo. 

     O pós-operatório normalmente é indolor necessitando raramente de analgésicos potentes. O braço é mantido em tipóia que pode ser removída diariamente para mobilização do cotovelo.